Reflectir sobre o fenómeno da recepção artística obriga-nos, antes de mais, à constatação de que ele é reciprocamente dependente dos fenómenos da criação e da programação e que todos eles integram uma complexa rede multinodal, onde uma multiplicidade de agentes assegura tarefas de mediação necessárias ao seu funcionamento.
Uma análise pluriperspectivada dos fenómenos culturais permitir-nos-á entender a recepção como uma prática social integrada, fortemente condicionada por outros campos de acção e pelas condições materiais de existência dos indivíduos. Enquanto fenómeno gerador de sociabilidades específicas, interessa pensar a recepção cultural de forma sistémica e acompanhar a experiência do público através de todas as capilaridades que se estendem entre criação, programação e recepção dos produtos artísticos.
No âmbito de O Público Vai ao Teatro, um projecto de envolvimento de públicos desenvolvido pelo teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser, organizou-se, nos dias 29 e 30 de Outubro de 2018, no São Luiz Teatro Municipal, os Encontros sobre políticas da recepção e desenvolvimento de públicos no contexto das artes performativas, com o propósito de reunir diferentes agentes do sector artístico, bem como de outras disciplinas, em torno da análise das relações entre criação, programação e recepção no âmbito das artes performativas, procurando problematizar as relações entre estes três pólos e sistematizar políticas e estratégias de envolvimento.
Comissão organizadora – Alfredo Martins, Anabela Almeida, Sara Duarte, Teresa Fradique
Discussant – Teresa Fradique
Consultoras – Elisabete Paiva, Maria Vlachou, Sara Barriga Brighenti
Concepção do espaço – Andreia Salavessa
teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser, São Luiz Teatro Municipal
República Portuguesa – Cultura, República Portuguesa – Educação, CRIA (Centro em Rede de Investigação em Antropologia)/NAVA (Núcleo de Antropologia Visual e da Arte), Escola Superior de Educação de Lisboa/Instituto Politécnico de Lisboa
Câmara Municipal de Lisboa/Pólo Cultural Gaivotas Boavista
PAINEL 1 – Parte 1 / PAINEL 1 – Parte 2 / OFICINA 1 – Parte 1 / OFICINA 1 – Parte 2 / PAINEL 2 – Parte 1 / PAINEL 2 – Parte 2
A publicação resultante dos Encontros sobre políticas da recepção e desenvolvimento de públicos no contexto das artes performativas, que aconteceram em Outubro de 2018, é uma edição do teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser coordenada por Teresa Fradique. Esta publicação, tal como os Encontros, reúne contributos de diferentes agentes do sector artístico, bem como de outras disciplinas, em torno da análise das relações entre criação, programação e recepção no âmbito das artes performativas, procurando problematizar os nexos entre estes três pólos e sistematizar políticas e estratégias de envolvimento.
A publicação foi apresentada em simultâneo com o documentário Público-Alvo em Setembro de 2018, eventos integrados no programa da comemoração dos 125 anos do São Luiz Teatro Municipal.
Organização – Alfredo Martins, Anabela Almeida, Sara Duarte
Coordenação editorial – Teresa Fradique
Autores – Aldara Bizarro, Alfredo Martins, Ana Teresa Magalhães, Catarina Medina, Diana West e alunos da Escola Superior de Educação de Lisboa, Elisabete Paiva, Isabel Branco, João Teixeira Lopes, Luís Sousa Ferreira, Mafalda Dâmaso, Maria Vlachou, Margarida Silva, Samuel Madeira, Sandra Madeira, Vera Santos e Viviane Almeida
Revisão – Pedro Cerejo
Design gráfico – Sílvia Prudêncio
teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser
República Portuguesa – Cultura /Fundo de Fomento Cultural
Esta publicação pode ser encomendada através do endereço de email: teatromeiavolta@gmail.com.